domingo, 31 de março de 2019

OS NORMANDOS


OS NORMANDOS

Estes povos deixaram marcas profundas em toda a Galiza e Norte de Portugal, mas quase foram esquecidos. No entanto, quase tudo que entre nós se atribui a tradições do paganismo, lhes é devido.
Chegaram cá a princípios do séc. IX, vindos da Dinamarca, Suécia e da Noruega e puseram a Galiza e Norte e Centro de Portugal a ferro e fogo. Os povos da margem do Lima devem ter vivido um inferno.
No séc. X, uma esquadra de 200 barcos ataca a cidade de Tui. E pouco depois a zona de Coimbra.
S. Rosendo, bispo de Mondonhedo, lutou contra eles a mando e às ordens do rei das Astúrias. A cidade de Guimarães, nasce dessas lutas. E o seu castelo ergue-se para defesa.
No séc. XI, aos antigos Viquingues juntam-se outros: Francos, Saxões e Holandeses.
Relacionam-se com os naturais, criam as salinas de Aveiro, e deixam os barcos Moliceiros no sal de Aveiro. É provável que tenham introduzido o gosto pelo Bacalhau. O sal de Aveiro pode ter salgado as carnes de FONTÃO.
D. Sancho I buscou entre eles maridos para suas filhas. Casou uma com o rei da Dinamarca, e outra com o rei da Noruega.
Nesse tempo ainda Fontão gozava duma economia próspera. E, provavelmente, foi no séc. XII, que se tornou uma Paróquia e Freguesia autónoma.
O ermamento, deve, pois, ser revisto à luz destas lutas e calamidades. A instabilidade e a insegurança reinaram nós séc. VIII, IX e X. As guerras, assaltos, saques, sequestros e levas de prisioneiros, vendidos como escravos. As matanças e todo o género de violências de que estas populações foram vítimas.
Apesar de tudo, os que resistiram foram capazes de garantir a continuidade. Forjaram o seu carácter e modo de ser, que é o seu carácter, ainda hoje.
Os nomes germânicos que se sucedem na Toponímia portuguesa, originam -se nestas épocas. Mas a Toponímia Fontanense manteve-se, fundamentalmente latina. Sinal de continuidade.

Anselmo Vieira

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