Lamentos
de Rosalia II
Ó,
insensata Galiza,
herdeira
de Gerião,
que
nasceste para rainha,
escolheste
a servidão.
Levaste
no teu regaço,
o
regente de Castela,
a
quem foste alimentar!...
a
quem foste entronizar!...
Vai
a Mieres ouvir,
os
urros do Mariscal,
da
cabeça degolado, aos saltos em convulsão.
Enquanto
a Castelhana,
te
aponta a ti, Galiza,
os
caminhos de Castela:
caminhos
de escravidão.
Trocaste
os teus irmãos,
por
arrogantes senhores,
choram
agora teus filhos,
e
nos ventos que nos chegam,
da
Meseta Castelhana,
ouvimos
nós, perplexos.
Que
mal te fizeram os galegos,
ó
terra dos castelhanos
para
que assim os maltrates
ó
ingrata Castela.
Os
lamentos de Rosalia,
são
a Galiza a chorar.
se
foras mais previdente,
poderias,
Galiza, cantar.
Quiseste
ser Visigoda,
abandonaste
os irmãos,
foste
corpo estranho em Castela,
sofreste
a rejeição…
Ai!
Gelmires… ai! Fonsecas…
Cabeças
de Gerião!
Tão
mal fostes aconselhados…
E
ao povo a quem guiastes,
deixastes
na sujeição.
Defensores
do Apóstolo…
dele
ignoraste a lição:
ser
defensor das Espanhas…
e
não da Espanha, nação.
Lamentos
de Rosalia…
A.V.
A.V.
Sem comentários:
Enviar um comentário