Aos
alunos das nossas escolas, continua a ensinar-se, que o nosso rei-menino, o Deslumbrado,
morreu gloriosamente em Alcácer Quibir.
Ora,
na minha digressão por Marrocos, o nosso guia local, o Sr. Abdulá, formado em História,
afirmava categoricamente, que não. Que o Rei D. Sebastião, não morreu na
batalha, e nem sequer morreu em Marrocos.
Perplexo,
não lhe dei crédito…
Mas,
por volta do ano 2003, chegou-me às mãos, um número da revista de História
Clio, de Barcelona, que me surpreendeu.
Apresentava
uma historiadora, um trabalho acerca d’um misterioso personagem português, designado
como: “O Cavalheiro de Oliveira”, personagem que ninguém conhecia, mas que
falecera na cidade Italiana de Pavia, em cujo castelo estivera sequestrado ou,
simplesmente preso.
Com
o artigo acerca do misterioso personagem, a modos de ilustração, uma pintura, fotografia,
que o apresentava. A imagem surpreendeu-me. Quase se identificava com a figura
do Imperador Carlos V, pintado ou retratado, pouco antes da morte, no mosteiro
de Yuste, na cidade estremenha da Cáceres. No princípio confundi as duas
imagens. Mas, a autora do trabalho apresentava-a como sendo a fotografia do
homem que falecera em Pavia.
Eu
concluí então, que esse homem tão parecido com Carlos V, só podia ser D.
Sebastião, neto do Imperador e, por isso, com ele parecido. Tanto que quase se
identificava.
Peço,
pois perdão ao guia Abdulá, por não ter acreditado nele; e quem me leia, que
tire as suas
conclusões…
Se
o misterioso “Cavaleiro de Oliveira”, morto em Pavia, for o Rei Sebastião, neto
de Carlos V e sobrinho de Filipe II de Espanha, então o nosso D. Filipe I, foi
um usurpador e um oportunista…
Anselmo Vieira
03-02-2019
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